Geoativo
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domingo, 16 de setembro de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
Atividades econômicas e industriais nas regiões do Brasil
Sudeste:
Como descrito anteriormente, o Sudeste, é a região que
possui a maior concentração industrial do país.
Nesta área, os principais tipos de indústrias são:
automobilística, petroquímica,de produtos químicos, alimentares, de minerais
não metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica, mecânica, etc. É um centro
polindustrial, marcado pela variedade e volume de produção.
Várias empresas multinacionais operam nos setores
automobilísticos de máquinas e motores, produtos químicos, petroquímicos,
etc.As empresas governamentais atuam principalmente nos setores de siderurgia.
Petróleo e metalurgia, enquanto empresas nacionais ocupam áreas diversificadas.
O grande interesse de empresas multinacionais é
principalmente pela mão-de-obra mais barata, pelo forte mercado consumidor e
pela exportação dos produtos industriais a preços mais baixos.Quem observa a
saída de navios dos portos de Santos e do Rio de Janeiro tem oportunidade de
verificar quantos produtos industriais saem do Brasil para outros países. E aí
vem a pergunta:com quem fica o lucro dessas operações?Será que fica para os
trabalhadores que as produziram?
A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada durante muito
tempo como capital administrativa do Brasil até a criação de Brasília, possui
também um grande parque industrial. Porém, não tem as mesmas características de
alta produção e concentração de São Paulo.Constitui-se também,de empresas de
vários tipos, destacando-se as indústrias de refino de petróleo, estaleiros,
indústria de material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil,
vestuário, alimentos, etc.
Minas Gerais, de passado ligado à mineração, assumiu
importância no setor metalúrgico após a 2º Guerra Mundial e passou a produzir
principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do
Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial diversificado, com
indústrias que vão desde o extrativismo ao setor automobilístico.
Além do triângulo São Paulo,Rio de Janeiro,Belo Horizonte,
existem no Sudeste outras áreas industriais, a maioria apresentando ligação
direta com algum produto ou com a ocorrência de matéria-prima . É o caso
de Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e Ouro Branco, entre
outras, ligadas à siderurgia.Outros centros industriais estão ligados à
produção local, como Campos e Macaé (açúcar e álcool), Três Corações, Araxá e
Itaperuna(leite e derivados), Franca e Nova Serrana(calçados), Araguari e
Uberlândia(cereais),etc.
O estado do Espírito Santo é o menos industrializado do
Sudeste, tendo centros industriais especializados como:Aracruz , Ibiraçu, Cachoeiro
de Itapemirim
Vitória, a capital do Estado, tem atividades econômicas
diversificadas, relacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à
usina siderúrgica de Tubarão.
No Sudeste, outras atividades estão muito ligadas à vida
urbana e industrial:comércio, serviço público, profissionais liberais,
educação, serviços bancários, de comunicação, de transporte , etc.Quanto maior
a cidade, maior variedade de profissionais aparecem ligados às atividades
urbanas.
Como entre São Paulo, Rio e Belo Horizonte concentra-se a
maior produção industrial do país, a circulação de pessoas e mercadorias é
muito intensa na região.Milhares de pessoas estão envolvidas na
comercialização, transporte e distribuição dos produtos destinados à
industrialização, ao consumo interno ou à exportação.Considerada também o
centro cultural do país, a região possui uma vasta rede de prestação de
serviços em todos os ramos, com grande capacidade de expansão, graças ao
crescimento de suas cidades.
Sul:
A industrialização do Sul, tem muita vinculação com a
produção agrária e dentro da divisão regional do trabalho visa o abastecimento
do mercado interno e as exportações.
O imigrante foi um elemento muito importante no início da
industrialização como mercado consumidor e no processo industrial de produtos
agrícolas, muitas vezes em estrutura familiar e artesanal.
A industrialização de São Paulo implicou na incorporação do
espaço do Sul como fonte de matéria-prima,Implicou também na incapacidade de
concorrência das indústrias do sul, que passaram a exportar seus produtos
tradicionais como calçados e produtos alimentares, para o exterior.Com as
transformações espaciais ocasionadas pela expansão da soja, o Sul passou a ter
investimentos estrangeiros em indústrias de implementos agrícolas.
A indústria passou a se diversificar para produzir bens
intermediários para as indústrias de São Paulo.Nesse sentido o sul passou a
complementar a produção do Sudeste.Daí considerarmos o Sul como sub-região do
Centro-Sul.
Objetivando a integração brasileira com os países do
Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no setor petroquímico,
carboquímico, siderúrgico e em indústrias de ponta (informática e química
fina).
A reorganização e modernização da indústria do sul
necessitam também de uma política nacional que possibilite o aproveitamento das
possibilidades de integração da agropecuária e da indústria, à implantação e
crescimento da produção de bens de capital( máquinas, equipamentos), de
indústrias de ponta em condições de concorrência com as indústrias de São
Paulo.
Nordeste:
A industrialização dessa região vem se modificando,
modernizando, mas sofre a concorrência com as indústrias do Centro-Sul,
principalmente de São Paulo, que utilizam um maquinário tecnologicamente mais
sofisticado.
A agroindústria açucareira é uma das mais importantes,
visando sobretudo a exportação do açúcar e do álcool.
As indústrias continuam a tendência de intensificar a
produção ligada à agricultura (alimentos, têxteis, bebidas) e as novas
indústrias metalúrgicas, químicas, mecânicas e outras.
A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano trouxe para a
região indústrias ligadas à produção refino e utilização de derivados do
petróleo.
Essa nova indústria , de alta tecnologia e capital intenso,
não absorve a mão-de-obra que passa a subempregar-se na área de serviços ou
fica desempregada.
As indústrias estão concentradas nas mãos de poucos
empresários e os salários pagos são muito baixos, acarretando o empobrecimento
da população operária.
O sistema industrial do Nordeste, concentrado na Zona da
Mata, tem pouca integração interna. Encontra-se somente em alguns pontos
dispersos e concentra-se sobretudo nas regiões metropolitanas:Recife, Salvador
e Fortaleza .
Com vistas à política do Governo Federal para o Programa de
Corredores da Exportação, instituído no final da década de 70 para atender ao
escoamento da produção destinada ao mercado externo, foram realizadas obras nos
terminais açucareiros dos portos de Recife e Maceió.
A rede rodoviária acha-se mais integrada a outras regiões do
que dentro do próprio Nordeste. A construção da rodovia , ligando o
Nordeste(Zona da Mata) ao Sudeste e ao Sul, possibilitou o abastecimento do
Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o deslocamento da população
nordestina em direção a este.
Centro-Oeste:
Na década de 60, a industrialização a nível nacional adquire
novos padrões. As indústrias de máquinas e insumos agrícolas, instaladas no
Sudeste, tiveram mercado consumidor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem-se
os cultivos dos produtos de exportação em grandes áreas mecanizadas.
A partir da década de 70, o Governo Federal implantou uma
nova política econômica visando a exportação .Para atender às necessidades
econômicas brasileiras e a sua participação dentro da divisão internacional do
trabalho, caberia ao Centro-Oeste a função de produtor de grãos e carnes
para exportação.
Com tudo isso, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região em
criação de bovinos do País, sendo esta a atividade econômica mais importante da
sub-região. Sua produção de carne visa o mercado interno e externo.
Existem grandes matadouros e frigoríficos que industrializam
os produtos de exportação. O abastecimento regional é feito pelos matadouros de
porte médio e matadouros municipais, além dos abates clandestinos que não
passam pela fiscalização do Serviço de Inspeção Federal.
Sua industrialização se baseia no beneficiamento de
matérias-primas e cereais, além do abate de reses o que contribui para o maior
valor de sua produção industrial . As outras atividades industriais são
voltadas para a produção de bens de consumo, como :alimentos, móveis etc. A
indústria de alimentos, a partir de 1990, passou a se instalar nos pólos
produtores de matérias-primas, provocando um avanço na agroindústria do
Centro-Oeste. A CEVAL, instalada em Dourados MS, por exemplo, já processa 50%
da soja na própria área.
No estado de Goiás por exemplo ,existem indústrias em
Goiânia, Anápolis,Itumbiara, Pires do rio,Catalão, Goianésia e Ceres. Goiânia e
Anápolis, localizadas na área de maior desenvolvimento econômico da região, são
os centros industriais mais significativos, graças ao seu mercado consumidor,
que estimula o desenvolvimento industrial.
Enquanto outras áreas apresentam indústrias ligadas aos
produtos alimentares, minerais não metálicos e madeira, esta área possui certa
diversificação industrial.Contudo, os produtos alimentares representam o maior
valor da produção industrial.
Norte:
A atividade industrial no Norte, é pouco expressiva, se
comparada com outras regiões brasileiras. Porém, os investimentos aplicados,
principalmente nas últimas décadas, na área dos transportes, comunicações e
energia possibilitaram à algumas áreas o crescimento no setor industrial , visando
à exportação.
Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas
como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos
produtos.
A agroindústria regional dedica-se basicamente ao
beneficiamento de matérias-primas diversas, destacando-se a produção de
laticínios;o processamento de carne, ossos e couro; a preservação do pescado,
por congelação, defumação, salga, enlatamento; a extração de suco de frutas; o
esmagamento de sementes para fabricação de óleos; a destilação de essências
florestais; prensagem de juta, etc.Tais atividades, além de aumentarem o valor
final da matéria-prima, geram empregos.
As principais regiões industriais são Belém e Manaus. Na
Amazônia não acontece como no Centro-sul do país, a criação de áreas
industriais de grandes dimensões.
Mais adiante veremos sobre a criação da Zona Franca de
Manaus.
Referencial
Disponível
em
A CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO SUDESTE
A distribuição espacial da indústria brasileira, com
acentuada concentração em São Paulo, foi determinada pelo processo histórico,
já que no momento do início da efetiva industrialização, o estado tinha, devido
à cafeicultura, os principais fatores para instalação das indústrias a saber:
capital, mercado consumidor, mão-de-obra e transportes.
Além disso, a atuação estatal através de diversos planos
governamentais, como o Plano de Metas, acentuou esta concentração no Sudeste,
destacando novamente São Paulo. A partir desse processo industrial e,
respectiva concentração, o Brasil, que não possuía um espaço geográfico
nacional integrado, tendo uma estrutura de arquipélago econômico com várias
áreas desarticuladas, passa a se integrar. Esta integração reflete nossa
divisão inter-regional do trabalho, sendo tipicamente centro-periferia, ou
seja, com a região Sudeste polarizando as demais.
A exemplo do que ocorre em outros países industrializados,
existe no Brasil uma grande concentração espacial da indústria no Sudeste.A
concentração industrial no Sudeste é maior no Estado de São Paulo, por motivos
históricos. O processo de industrialização, entretanto, não atingiu toda a
região Sudeste, o que produziu espaços geográficos diferenciados e grandes
desigualdades dentro da própria região. A cidade de São Paulo, o ABCD(Santo
André,São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema)e centros próximos, como
Campinas, Jundiaí e São José dos Campos possuem uma superconcentração
industrial, elaborando espaços geográficos integrados à região metropolitana de
São Paulo.Esta área tornou-se o centro da industrialização, que se expandiu nas
seguintes direções: par a Baixada Santista, para a região de Sorocaba, para o
Vale do Paraíba – Rio de Janeiro e interior, alcançando Ribeirão Preto e São
José do Rio Preto.
Referencial
Disponível
em
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL
A atividade industrial, muito concentrada no Sudeste
brasileiro, de uns tempos pra cá, vem se distribuindo melhor entre as diversas
regiões do país. Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem
passando por um processo de descentralização industrial, chamada por alguns
autores de desindustrialização, que vem ocorrendo intra - regionalmente e
também entre as regiões.
Dentro da Região Sudeste há uma tendência de saída do ABCD
Paulista, buscando menores custos de produção do interior paulista, no Vale do
Paraíba ao longo da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo à Belo Horizonte.
Estas áreas oferecem, além de incentivos fiscais, menores custos de
mão-de-obra, transportes menos congestionados e por tratarem-se de
cidades-médias, melhor qualidade de vida, o que é vital quando trata-se de
tecnopólos.
A
desconcentração industrial entre as regiões vem determinando o crescimento de
cidades-médias dotadas de boa infra-estrutura e com centros formadores de
mão-de-obra qualificada, geralmente universidades. Além disso, percebe-se um
movimento de indústrias tradicionais, de uso intensivo de mão-de-obra,
como a de calçados e vestuários para o Nordeste, atraídas sobretudo, pela
mão-de-obra extremamente barata.
Referencial
Disponível em
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Localização Industrial
A Primeira Revolução
Industrial teve início no fim do século XVIII início do século XIX, a partir
desse período muita coisa mudou, as tecnologias, as relações de trabalho,
o modo de produzir, entre outros.
As indústrias não se instalam em um lugar (país, estado ou município) de forma
despretensiosa, pois todas as medidas e decisões são tomadas a partir de uma
profunda análise com a finalidade de obter maiores informações acerca da
viabilidade econômica de um determinado espaço.
Diante desse contexto são observados diversos fatores para a criação e
implantação de uma indústria, dentre os principais estão:
• Capitais: não é possível instalar e colocar em funcionamento uma
indústria sem recursos financeiros, pois são esses que dão subsídio para a
construção da edificação, para obter a área, aquisição de equipamentos e
máquinas e todos os recursos necessários para o início da produção.
• Energia: para a execução da prática industrial
é indispensável à utilização de energia para mover as máquinas e equipamentos,
ao escolher um local para instalação de um empreendimento é preciso verificar
qual fonte enérgica está disponível e a quantidade oferecida, uma vez que essa
tem que ter um número abundante, pois o custo de instalação é muito elevado e
não pode haver falta de tal recurso no processo produtivo.
• Mão-de-obra: além dos itens citados, outro elemento que é de extrema
importância nesse processo é a mão-de-obra, pessoas que vendem sua força de
trabalho em troca de um salário que deve garantir a manutenção do trabalhador e
de sua família, devido a essa dependência humana as indústrias geralmente se encontram estabelecidas
em grandes centros urbanos que aglomeram um grande contingente populacional,
isso se torna favorável, pois quanto maior a oferta de proletários menores são
os salários pagos (lei da oferta e da procura), pois temendo perder os empregos
muitos se submetem a receber baixas remunerações. Outro motivo que favorece a
implantação de empreendimentos industriais em grandes núcleos urbanos é a
existência de trabalhadores com qualificação profissional, pois nas cidades
maiores estão os principais centros de difusão de informação e tecnologia como
as emissoras de tv, rádio, além de universidades e centros de pesquisas.
• Matéria-prima: esse item ocupa um lugar de destaque no processo
produtivo, pois é a partir dessa que será agregado um valor correspondente ao
resultado do trabalho e automaticamente o lucro da produção. Diante da
importância, essa deve permanecer o mais próximo possível, pois quanto mais
perto ela se encontra menores
serão os custos com o transporte entre a fonte fornecedora e a processadora,
esse fato diminui o custo final e garante o aumento da lucratividade que é a
intenção e objetivo maior, principalmente se tratando da sociedade capitalista.
• Mercado consumidor: a escolha em estabelecer-se próximo aos núcleos
urbanos é proveniente da proximidade entre a indústria e os possíveis
consumidores em potencial, desse modo evitam grandes gastos com transporte,
além de dinamizar o seu fluxo até os centros de distribuição.
• Meios de transporte: um
sistema de transportes é de extrema valia para a produção e distribuição
industrial, nesse caso é preciso que haja uma boa infra-estrutura que
possibilite uma logística dinâmica e que atenda a demanda de fluxo de
matéria-prima até às indústrias e dessas até o consumidor. A integração de
todos os meios de transporte é primordial para o processo de globalização, pois
oferece condições de circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços.
Por Eduardo De Freitas
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